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A influência de terceiros na percepção da depressão

Estudo desenvolvido pelo departamento de Psicologia da Universidade de Warwick descobriu que indivíduos fazem julgamentos falhos sobre seus sintomas depressivos e de ansiedade, possivelmente levando a diagnósticos falhos ou falsos.
Um exemplo do que objetivou o estudo se dá quando uma pessoa que convive com indivíduos que estão sofrendo de algum problema de saúde mental não procura ajuda de um profissional, porque quando compara sua situação aos outros, percebe que seu sofrimento é menor; Além disso, pessoas que convivem com sujeitos que raramente se sentem depressivos podem incorretamente crer que seu sofrimento é anormal, simplesmente porque seus sintomas aparentemente são mais severos quando comparados aos outros com quem convive.

No estudo desenvolvido foram conduzidos dois experimentos que descobriram que o julgamento pessoal acerca do próprio estado de depressão e ansiedade não é mantido pela severidade de seus sintomas, mas sim como a pessoa se coloca em comparação aos sintomas dos outros.

O estudo também demonstrou que o conhecimento dos participantes acerca da depressão e ansiedade na maioria da população é extremamente variável; Dez por cento dos sujeitos participantes do estudo pensaram que metade da população se sentiu depressiva ao menos em 15 dias do mês, enquanto que dez por cento da mesma esteve no estado supracitado em dois dias ou menos do mês; Em relação a ansiedade, 10% dos participantes acreditavam que metade da população se sentiu ansiosa em no mínimo 26 dias do mês, enquanto que dez por cento imaginou que tal população sentira-se ansiosa em dois dias ou menos ao mês.

Segundo a pesquisadora Karen Melrose, da Universidade de Warwick, se é o próprio paciente que busca a consulta acerca da depressão e ansiedade, tal decisão pessoal é fator vital para determinar o diagnóstico; “Com este fato, nosso estudo pode explicar porque há alta incidência de detecção (e não detecção) da depressão e ansiedade”, pontua a pesquisadora.

“Preocupantemente, as pessoas que podem ser mais vulneráveis a distúrbios de saúde mental – como por exemplo indivíduos que vivem em certas áreas do país ou grupos demográficos onde o índice de depressão e ansiedade é alto- podem ser os sujeitos que possuem maior risco de diagnósticos falhos”, conclui a pesquisadora, que aponta a ajuda que tal estudo pode trazer a profissionais da saúde para que os mesmos possam desenvolver campanhas informativas direcionadas ao grupos supracitados.

Fonte: Universidade de Warwick

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