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A evolução nos modelos de pesquisa em psicoterapia

Artigo desenvolvido pelos profissionais Evanisa Helena Maio de Brum, Giana Bitencourt Frizzo, Aline Grill Gomes, Milena da Rosa Silva, Daniela Delias de Souzae Cesar Augusto Piccinini objetivou investigar e revisar sistematicamente a literatura acerca de estudos de avaliação em psicoterapia.
Os autores apresentam inicialmente a construção e desenvolvimento da produção científica desde a produção freudiana, apontando as evoluções metodológicas ocorridas a partir dos anos 1970 nos Estados Unidos e também o processo atual de busca de conhecimentos acerca dos mecanismos de mudança em psicoterapia através de estudos de caso.

Os autores destacam duas bases de pesquisa: as pesquisas de eficácia e efetividade, que envolvem os estudos baseados em evidencias e visam apresentam os resultados de sua eficácia de forma ateórica – buscando, por exemplo, a comparação de um grupo experimental e um grupo controle sem intervenção, avaliando a resposta terapêutica e a melhora da psicopatologia e, consequentemente, identificar, testar, desenvolver e estimular a disseminação e o uso de técnicas validadas de pesquisas científicas; A outra base apontada no artigo diz respeito às pesquisas sobre o processo em psicoterapia, que teve início nos estudos de Sigmund Freud e Rogers – estudaram as gravações de suas sessões psicoterápicas – e que buscavam um melhor entendimento da natureza da interação paciente-terapeuta.
Durante o artigo os autores apresentam o desenvolvimento e os diversos aspectos relacionados às produções de pesquisas em psicoterapia, segundo as bases acima descritas e os estudos revisados.

Os mesmos apontam uma expressiva evolução no curso das pesquisas sobre o tema, apresentando desde os estudos pioneiros , as pesquisas de eficácia e efetividade (presentes e dominantes atualmente) e os estudos sobre o processo psicoterápico, focando nos estudos de caso realizados por distintas maneiras por vários autores; Porém, nota-se também a existência de muitas dúvidas e perguntas não respondidas no campo da pesquisa em psicoterapia, no que tange as mudanças que a psicoterapia sofre com o passar do tempo e também com o surgimento de novas abordagens.

O artigo pontua acerca de uma revisão sistemática de literatura realizada em 2007, que questionou a manualização das psicoterapias nas pesquisas, apresentando que se por um lado a mesma permite a descrição minuciosa dos procedimentos adotados, impede também a correção de técnicas durante o tratamento – prática esta comum na clínica; Os autores desenvolvem como possível solução a este impasse a combinação de várias técnicas, mantendo o caráter focal da terapia porém com menor rigidez quanto à determinação da intervenção em cada sessão.

Concluindo o artigo, os autores salientam a importância de se persistir no estudo do processo psicoterápico, o que permitirá uma maior aproximação entre pesquisa e prática clínica e, consequentemente, com o ganho de conhecimento mútuo de tais situações, permitirá portanto a melhor compreensão sobre as psicoterapias.

BRUM, Evanisa Helena Maio de et al . Evolução dos modelos de pesquisa em psicoterapia. Estud. psicol. (Campinas),  Campinas,  v. 29,  n. 2, jun.  2012 .   Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2012000200012&lng=pt&nrm=iso. acessos em  18  jul.  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2012000200012.

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