Pesquisadores da Universidade de Cincinnati apontam que, apesar de um terço dos pacientes vítimas de derrame desenvolverem depressão, indivíduos do sexo masculino estão sob maior risco.
Os pesquisadores acreditam que a necessidade masculina de controlar sua própria saúde e necessidades pode contribuir para esse cenário, sendo que muitos dos pacientes se acostumam e valorizam o controle de sua saúde e necessidade. De acordo com Michale McCarthy, autor do estudo, a perda do controle causada pelo derrame pode ser entendida como uma perda do poder e prestígio, sendo que essas perdas podem resultar em grandes síndromes depressivas.
Participaram do estudo 36 participantes que tiveram um derrame nos últimos trinta e seis meses, sendo que desses 16 eram mulheres e 20 homens; Os pacientes foram avaliados no que tange seus sintomas depressivos bem como a habilidade das mesmas em realizar atividades de rotina, como banhar-se e cortar alimentos. Os pesquisadores aferiram também a incerteza dos pacientes no que se refere a sua própria saúde e resultados de seus derrames.
Os pacientes deveriam concordar ou discordar em relação a certas perguntas e/ou situações, como “Eu não sei o que há de errado comigo” e “Eu tenho muitas questões não respondidas”; Os pesquisadores descobriram que as incertezas acerca da saúde estão extremamente relacionadas a depressão em todos os participantes e, nos indivíduos do sexo masculino, essa associação é mais forte.
Os resultados também revelaram que uma conversa com os pacientes e suas famílias de maneira simples e clara acerca da situação de saúde do paciente pode ser uma aproximação efetiva para diminuir a angústia e sofrimento do paciente e para melhorar os resultados da reabilitação.
Fonte: Universidade de Cincinnati