Centro de Desenvolvimento da Inteligência e da Intuição
Acreditamos que os Indivíduos através de sua expressão criativa utilizam o conhecimento humano para transformar a realidade.
De perto ninguém é normal.
Vivemos permanentemente no impasse entre o querer ser “normal” e valorizado pelo coletivo para obter sucesso/afeto e ao mesmo tempo desejamos profundamente ser um indivíduo feliz, livre e independente dos padrões que a sociedade nos apresenta. Terminamos investindo mais tempo e energia na análise psíquica dos que estão próximos, acabamos por conhecê-los melhor do que conhecemos a nós próprios.
Fomos educados para estar atentos aos padrões de inserção social internalizando e sobrecarregando nosso superego de julgamentos e críticas. O sistema educacional e o mercado de trabalho estruturam um modelo idealizado de comportamento e competências que ao mesmo tempo que são bonitos, são inviáveis ou no mínimo incoerentes.
Desde Hipócrates (460-370 A.C.) começamos a descrever distúrbios, os mesmos que conhecemos até hoje (manias, paranoia, melancolia etc.). Na Idade Média queimávamos os diferentes. No renascimento retomamos a racionalidade afastando as questões filosóficas e teológicas. Cada vez identificamos novos distúrbios, a ciência dá novos nomes a comportamentos e receita medicamentos mais específicos para devolver as pessoas à normalidade reduzindo assim a vida interior. Hoje em dia, uma pessoa que pensa na vida e mostra isso, corre o risco de ser chamada de depressiva ou portador de uma síndrome qualquer.
Com toda essa evolução começamos a considerar como inteligente o conhecimento, o raciocínio lógico e o autocontrole. Sem olhar para dentro de nós mesmos somos bombardeados por diferentes teorias (inteligência emocional, resiliência, ser globalizado etc.) que tentam explicar mais algumas exigências que as pessoas tentam incorporar sem mesmo entender ou operacionalizar internamente com isso em lugar de libertar, geram mais tensão e stress.
Em resumo, as pessoas estão ligadas no mundo fora de si, no celular, nas mensagens, nas notícias, nos remédios (sedativos, estimulantes, ansiolíticos, álcool etc.). Os estímulos internos ficam dopados ou esquecidos, restando um vazio interior que não pode ser comentado.
Queremos desenvolver pessoas para que depois possam aperfeiçoar o desempenho de seus papéis. Desenvolver (tirar os invólucros que não permitem ver o que tem dentro), isso se faz em processos e não é fácil de ser encarado.
Vale voltar no significado real das palavras. Inteligência etimologicamente significa entender, compreender e fazer escolhas.
A Intuição, ao contrário, refere-se mais à capacidade de se perceber e escutar, fazer escolhas que contemplem a integração entre as ações e seu interior. Estabelecer respostas intuitivas e inovadoras é enfrentar o risco de se conhecer, ou melhor, de permitir ir além do consciente e se expressar sem ter certeza ou conhecimento.
Nós queremos contribuir para a integridade pessoal, alinhando o pensar com o sentir e o agir e com isso colaborar para aumentar a consciência e a competência dos indivíduos para atuar sobre a realidade. Para isso precisamos estimular o indivíduo a ouvir sua intuição e usar criativamente seus centros de inteligência.
Sabemos que muitas pessoas desejam honesta e profundamente se desenvolver, mas não encontram nem espaço nem forma de desenvolver sua inteligência e intuição.
Já que o mundo está mudando cada vez mais depressa. Conhecer-se é fundamental para poder lidar com as transformações que cada vez mais exigem novas posturas sem perder a integridade. O normal é ser inteiro.