Depois de três meses, os dois primeiros grupos refizeram testes de memória e seus resultados foram os mesmos. Já os 50 voluntários do terceiro grupo conseguiram mais pontos após a dieta.
Eles também apresentaram outros sinais de melhora física, com uma queda nos níveis de insulina.
Segundo os cientistas, essas mudanças poderiam explicar o melhor desempenho da memória, ao manter as células cerebrais mais saudáveis.
“As descobertas podem ajudar a desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento para manter a saúde cognitiva até a velhice”, disseram os autores da pesquisa em um artigo publicado na revista do Proceedings of the National Academy of Sciences.
A pesquisa aumenta ainda mais o interesse nos possíveis benefícios de dietas de restrição de calorias. Pesquisas recentes com animais tinham sugerido que as dietas podem ajudar a ampliar a longevidade e a retardar o início de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Mas ainda não se sabe ao certo se esse seria o caso em humanos e se o corte nas calorias deveria ser ou não “radical”.
O mecanismo que pode trazer esses benefícios ainda estão sendo investigados. Há teorias de que a redução calórica diminuiria a produção dos chamados radicais-livres, que provocam o envelhecimento celular.
Especialistas em nutrição, no entanto, alertam para os riscos de se adotar uma dieta alimentar sem acompanhamento médico.
“Todos – especialmente aqueles que já estão com peso normal ou abaixo do normal – precisam ser extremamente cuidadosos ao tentar fazer uma dieta”, disse à BBC uma porta-voz da British Dietetic Association.
“Existem outros estudos que mostram que a redução de calorias ou de refeições pode interferir na memória e nas funções cerebrais.”
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Fonte:[/b] BBCBrasil[/left]