Uma forma de tratamento introduzida na psiquiatria por Sakel e usada na esquizofrenia, em seus ataques iniciais. Consiste na produção de coma, com ou sem convulsões, através da administração intramuscular de insulina. Durante as décadas de 30, 40 e 50, era praticamente o único tratamento para as formas agudas de esquizofrenia. Quanto às outras doenças, surtia algum efeito apenas nas histerias. Seu valor remissivo nas formas paranóides era inegável, chegando a surtir efeito em 80% dos casos e, nas formas hebefrênicas e catatônicas, em 60 %. Embora hoje em desuso, alguns advogam seu uso antes da administração de psicotrópicos. Caso haja eficácia, esta será sempre maior do que a dos medicamentos fenotiazínicos ou butirofenônicos. Na variação de Giorgi, a convulsão é obtida antes do coma profundo, através da administração, no coma superficial, do cardiazol. Entre as explicações sobre o mecanismo de ação do método – desde as teorias bioquímicas (uma ação de "limpeza" no SNC) até as psicanalíticas (o contato com algo similar à morte na hora da convulsão ou do coma) -, nenhuma delas é convincente.