Por meio do novo exame, que analisa os níveis de proteínas no líquido espinal, os cientistas conseguiram prever com uma exatidão de 87% em que pacientes com problemas de memórias em estágio inicial e outros sintomas de deterioração cognitiva, sintomas pelos quais se diagnostica o mal de Alzheimer.
"Com este teste, podemos detectar de maneira confiável o mal de Alzheimer e fazer o acompanhamento desta doença", afirmou Leslie Shaw, do Departamento de Medicina da Universidade da Pensilvânia.
Ela considera que o exame permitirá submeter a um tratamento em uma fase adiantada os pacientes com o risco de desenvolver a doença, e facilitará a busca de soluções que adiem ou freiem a degeneração neurológica.
Shaw e seus colegas se propuseram a criar um teste padrão que se centre nos níveis de duas proteínas "clássicas" associadas com o Alzheimer: os peptídeos betaamilóide e tau.
O acúmulo excessivo no cérebro de proteínas beta (em forma de placas betaamilóide) e tau (em forma de nós de tau) representa a manifestação física do Alzheimer.
A equipe analisou exames de líquido espinal de 410 pacientes de 56 lugares dos Estados Unidos e do Canadá, que faziam parte de um extenso estudo sobre o mal de Alzheimer. Também estudou a análise de voluntários com um estado cognitivo normal e autópsias de pessoas que tinham sofrido o mal de Alzheimer.
Em 95,2% dos casos, o teste descartou as possibilidades de desenvolver o mal de Alzheimer, e em 81,8% informou que as pessoas com uma deterioração cognitiva leve desenvolveriam a doença.
Atualmente, 26 milhões de pessoas sofrem com mal de Alzheimer. Especialistas calculam que, até 2050, o número aumente para 106 milhões.
Fonte: Folha Online