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Claustrofobia está associada a percepção do espaço

A nossa noção de espaço é definida por algo conhecido como “espaço pessoal”. É como uma bolha invisível à nossa volta que define nossas delimitações. Esta “bolha” tem dimensões diferentes, que variam de pessoa para pessoa. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Emory, nos EUA, aponta que aqueles que projetam esta bolha muito distante de seus corpos ou do alcance dos braços estão mais propensos a ter claustrofobia (fobia de confinamento) e acrofobia (medo de altura).

A nossa noção de espaço é definida por algo conhecido como “espaço pessoal”. É como uma bolha invisível à nossa volta que define nossas delimitações. Esta “bolha” tem dimensões diferentes, que variam de pessoa para pessoa. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Emory, nos EUA, aponta que aqueles que projetam esta bolha muito distante de seus corpos ou do alcance dos braços estão mais propensos a ter claustrofobia (fobia de confinamento) e acrofobia (medo de altura).

A claustrofobia é frequentemente associada a uma experiência traumática. “No entanto, sabemos que algumas pessoas que vivenciam eventos traumáticos em espaços restritos não desenvolvem claustrofobia. Isso nos levou a perguntar se outros fatores podem estar envolvidos. Nossos resultados mostram uma relação clara entre o medo claustrofóbico e aspectos básicos da percepção espacial”, explica a psicóloga Stella Lourenço, autora do estudo. “Nós descobrimos que as pessoas com claustrofobia têm um senso exagerado de espaço pessoal. Agora nos resta descobrir se esta distorção de percepção leva ao medo ou se é o contrário”.

De acordo com os pesquisadores, todo mundo tem claustrofobia, porém, em níveis diferentes. Cerca de 4% da população sofre de claustrofobia completa, que pode levar o indivíduo a ter ataques de pânico se ficar preso em lugares como um túnel ou dentro um elevador, por exemplo. Porém, nem todas as pessoas buscam tratamento.

“Entender melhor os fatores que contribuem para a claustrofobia pode colaborar no desenvolvimento de terapias mais eficazes para o que pode ser um medo altamente debilitante”, diz o psicólogo Mateus Longo, um dos coautores do estudo.

A dupla agora trabalha em uma nova pesquisa que busca entender como as diferenças individuais na percepção espacial se relacionam com o medo. Para este trabalho, foram selecionados indivíduos com claustrofobia ou acrofobia que não estão em tratamento, para que os pesquisadores estimem as diferenças de espaço pessoal de cada um.

Resultados preliminares mostram que pessoas com níveis mais elevados de medo claustrofóbico subestimam distâncias horizontais, enquanto aquelas com acrofobia superestimam distâncias verticais. “Uma possibilidade intrigante é que estes dois tipos de medo podem formar extremidades opostas da mesma percepção espacial”, conclui Lourenço.

Fonte: Portal O Que Eu Tenho.

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