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Análise experimental do comportamento a serviço da educação sexual: histórico e agenda – Thiago de Almeida; Jehmy Katianne Walendorff ; Maria Luiza Lourenço

 Skinner, na década de 50, fez sua inserção definitiva no campo da educação. O ensino constituiu-se na área de aplicação da Análise Experimental do Comportamento mais contemplada com artigos e capítulos em livros produzidos pelo famoso cientista – cerca de 30 trabalhos, além da publicação, em 1968, de sua obra clássica Tecnologia de Ensino. Essas proposições skinnerianas sugeriam que uma revolução ocorreria na educação por meio da Instrução Programada. Apesar do sucesso alcançado nos anos 60, a esperada revolução não aconteceu. Paralelamente, observa-se que a sexualidade, definida como um conjunto de processos interrelacionados que permeiam toda a existência humana, tem sofrido semelhante malogro ao tentar ser inserida como conteúdo escolar. Embora, a sexualidade não seja um atributo ou privilégio dos adultos como se pensava em outros tempos, tampouco se restringe à relação sexual, sensualidade ou erotismo, muito embora, sejam estas as primeiras associações que fazemos. Este estudo, por meio de um extenso levantamento bibliográfico, investigou os fundamentos e o contexto histórico do discurso contemporâneo no que concerne a sexualidade. A abordagem do tema sexualidade nas escolas é, em geral, muito difícil e complexa, entretanto, sabe-se que o objetivo da educação sexual na escola incide em colocar os educadores com um preparo adequado e com o objetivo de desempenhar de forma significativa e dinâmica sua função, ajudar os jovens a superarem suas dúvidas, aflições e consternações. Neste estudo, buscou-se também relatar, com o objetivo de contextualizar, a difusão social e cultural da sexualidade e analisar a visão de mundo que os autores têm nos dias de hoje. Este estudo permitiu afirmar que crenças compartilhadas por estudantes são comportamentos encobertos sujeitos as mesmas leis e princípios que outros comportamentos e que os reforçadores sociais aumentaram a frequência de respostas de certas crenças, mesmo com uma história de reforçamento anteriormente pela comunidade verbal, configurando-se com um modelo alternativo para educação sexual baseado no modelo de seleção por consequências de reforçamento, proposto por Skinner.

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