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Problemas de fertilidade podem estar relacionados às internações por transtornos mentais, aponta estudo

Recente pesquisa aponta que mulheres que não conseguiram engravidar após o primeiro tratamento para infertilidade possuem mais internações psiquiátricas do que mulheres que conseguiram ao menos um filho após o tratamento médico.
Cerca de 100.000 mulheres participaram do estudo e foram acompanhadas durante mais de 35 anos, sendo que este escopo diferencia-se da maioria dos outros estudos que investigam a relação entre a infertilidade e a angústia; Enquanto a maioria desses estudos demonstram que não ter filhos pode levar ao aumento da ansiedade, transtornos de humo e sintomas depressivos, esta nova pesquisa provê uma visão detalhada dos riscos potenciais para as mulheres inférteis.

Os pesquisadores estudaram mulheres que já haviam recebido intervenção médica para fertilidade e também assistência psicológica; Seis subgrupos relacionados a intervenções psicológicas foram criados , sendo estes o “abuso de álcool e substancias”, “esquizofrenia e psicoses”, “transtornos afetivos, incluindo a depressão”, “ansiedade e transtornos obsessivos compulsivos”, “transtornos alimentares” e “outros tipos de transtornos mentais”.

As mulheres participantes foram acompanhadas desde a data da primeira intervenção relacionada à infertilidade até a data do evento psicológico/psiquiátrico, data da hospitalização ou morte.

Os resultados do estudo demonstraram que quase 5000 mulheres participantes foram hospitalizadas por um transtorno psiquiátrico, sendo os diagnósticos mais comuns a “ansiedade e os transtornos obsessivos compulsivos” e os “transtornos afetivos, incluindo a depressão”; As mulheres que não tiveram filhos após as investigações iniciais acerca da infertilidade tiveram um risco significativamente maior (cerca de 18%) de hospitalizações em relação a participantes que conseguiram engravidar e ter um bebê, sendo que a infertilidade também fora relacionada ao aumento significativo do abuso de álcool  e substancias (aumento de 103%), esquizofrenia (47%) e outros transtornos mentais (43%).

Não obstante, o diagnóstico mais comum no grupo (ansiedade e transtornos obsessivos compulsivos) não fora afetado pela situação de infertilidade; “Os riscos maiores foram evidenciados no abuso de álcool e substancias, esquizofrenia e transtornos alimentares, embora tais riscos demonstraram ser menores em relação a transtornos afetivos, inclusive a depressão; Os resultados sugerem que a falha após o tratamento para fertilidade pode ser um importante fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos”, aponta o estudo.

Fonte: European Society of Human Reproduction and Embryology

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