A casa de estilo neoclássico erguida em 1866 em meio à paisagem verde de Barão de Juparanã, em Valença, pertenceu ao conde D’Eu, marido da princesa Isabel.
A casa de estilo neoclássico erguida em 1866 em meio à paisagem verde de Barão de Juparanã, em Valença, pertenceu ao conde D’Eu, marido da princesa Isabel.
Muitos anos depois, as paredes repletas de sinais do passado foram reformadas para receber quem busca reconstruir sua própria história: a partir de amanhã, a antiga fazenda abrigará a segunda clínica estadual especializada no tratamento de dependentes químicos.
A Secretaria de Ação Social e Cidadania inaugurou a primeira unidade, Michelle Silveira de Moraes, há pouco mais de um ano. A nova unidade e chama-se Ricardo Iberê Gilson, um jovem dependente de Valença, que morreu aos 22 anos. A clínica terá 90 vagas,90, 30 delas serão destinadas a quem têm distúrbios mentais provocados pelo uso excessivo de drogas.
Família – Nos dois milhões de metros quadrados da fazenda Monte Scylene, os internos aprenderão carpintaria, artes e agricultura, um caminho para reconstruir a auto-estima. ”Geralmente eles perdem os sentimentos de limites. Aqui vão ter a chance de recuperar os valores”, diz José Antônio Bready, diretor geral da clínica. Uma das raízes do problema não ficará à margem do trabalho: a família dos pacientes. No auditório – com capacidade para 30 pessoas – pais e mães assistirão palestras.
Seleção –
O tempo de permanência na Ricardo Iberê Gilson será de 90 dias. A seleção será feita pelo Conselho Estadual Antidrogas (Cead), de São Cristóvão, e pelo Centro de Tratamento e Reabilitação de Adictos, em Botafogo. A rede de saúde das 22 prefeituras das regiões do Médio Paraíba e Centro Sul também poderão encaminhar pacientes, maiores de 18 anos.
O prédio tem 2.771 metros quadrados de área construída. Durante a reforma do imóvel – ao preço de R$ 2,2 milhões – a Emop acrescentou mais 345 metros quadrados.
Fonte: LAVINIA PORTELLA JB On -line 07/11/2001