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Dicionário

BRIGHT, Timothy (1551-1615)

Aluno do Trinity College de Cambridge, Bright estudou medicina em Paris, onde es­capou por pouco do massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572. Diplomado por Cam­bridge em 1579, teria exercido a medicina em Ipswich e deixou algumas obras médicas. A que nos interessa é um Tratado da melanco­lia, publicado em 1586. Reeditado em 1613, teria influenciado a célebre Anatomia da me­lancolia de Burton*, que o cita por várias vezes. De qualquer forma, foi a primeira obra inglesa dedicada à doença mental, embora a metafísica a disputasse, às vezes, com a me­dicina. O autor opunha duas variedades de melancolia: uma, proveniente de "apreen­sões do espírito", exigia um "tratamento pelo espírito"; a outra, doença do corpo provocada pelos humores, requeria o recurso às drogas: o psicogênico oposto ao endógeno. Já era a posição dos padres da Igreja, preocupados em distinguir entre os suicidas os doentes irresponsáveis, cuja salvação estava as­segurada, e os que se deixavam levar pelo "pecado de acedia", de desespero, e que es­tavam destinados à danação.

Aliás, Bright se consagraria depois à reli­gião e se tornaria, em 1591, reitor de uma paróquia do condado de York, tendo dedica­do à rainha Elisabeth um curioso trabalho, Characterie, no qual propunha uma shor­thand-writing de sua invenção, um dos nu­merosos antepassados da estenografia.

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