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Vírus HIV atinge 40 milhões de pessoas em todo o mundo

A escritora Valéria Polizzi, 30, que contraiu o vírus da Aids na adolescência e atualmente faz palestras de prevenção contra a doença “Eu me importo, e você?” é o slogan escolhido pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) como tema da campanha oficial de prevenção a Aids em 2001. A campanha tem como enfoque principal a responsabilidade do homem no controle da doença, tendo em vista que, culturalmente, a mulher tem menos poder de decisão sobre o uso de preservativos do que o parceiro do sexo masculino (informação do Programa Conjunto
das Nações Unidas para o HIV/Aids).
A escritora Valéria Polizzi, 30, que contraiu o vírus da Aids na adolescência e atualmente faz palestras de prevenção contra a doença “Eu me importo, e você?” é o slogan escolhido pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) como tema da campanha oficial de prevenção a Aids em 2001. A campanha tem como enfoque principal a responsabilidade do homem no controle da doença, tendo em vista que, culturalmente, a mulher tem menos poder de decisão sobre o uso de preservativos do que o parceiro do sexo masculino (informação do Programa Conjunto
das Nações Unidas para o HIV/Aids).
Dados coletados pela ONU (Organização das Nações
Unidas) em 2001 apontam que a Aids se tornou a quarta maior causa de morte em
todo o mundo, com cerca de 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus
HIV. Desse total, 70% (28,1 milhões) estão em países africanos.

A expansão da doença na região é atribuída
à pobreza e à falta de informação da maioria da
população africana, mas a situação é tão
grave que mesmo as elites da região engordam os números oficiais.
Atualmente, seis dos 22 ministros do Zimbábue estão contaminados
pelo vírus. Com 4,7 milhões de pessoas infectadas, a África
do Sul mantém-se como líder mundial em ocorrências da doença.

Para a ONU, 3,4 milhões de pessoas na África subsaariana (geograficamente,
países que se localizam ao sul do deserto do Saara) infectaram-se com
o vírus em 2001, do total estimado de 5 milhões de novas infecções
no mundo todo. Deste número, mais da metade era mulheres.

Apesar disso, o maior crescimento da taxa de infecção, segundo
relatório anual da organização, foi registrado nos países
do antigo bloco soviético. Estima-se que 1 milhão de pessoas na
ex-União Soviética e nas antigas nações comunistas
do Leste Europeu têm HIV, o vírus causador da Aids.

Enquanto isso, no Brasil …

Com cerca de 1,8 milhão de portadores do vírus HIV, a América
Latina e o Caribe aparecem em segundo lugar no ranking da doença, logo
depois da África. O Brasil tem 597 mil pessoas infectadas.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 210.447 pessoas notificaram
a doença no Brasil entre 1998 e março de 2001, num crescimento
médio de 20 mil novos casos por ano.

A partir de 1980, a transmissão heterossexual passou a representar a
maioria (26,6%) dos casos notificados no Brasil. A transmissão homossexual
representa 17,2%, a bissexual 9,8%, e o uso de drogas injetáveis é
responsável por 18,5% dos casos registrados de 1980 a 2001.

Entre menores de 12 anos, a transmissão do vírus da mãe
para o filho tem sido responsável por 90% dos casos notificados. Segundo
o Ministério da Saúde, cerca de 50% das pessoas com Aids já
morreram no Brasil.

Apesar desse quadro alarmante, e do aumento diário do número
de casos, as mortes têm diminuído. As medicações
surgidas nos últimos anos têm registrado resultados bastante positivos.

O Brasil foi o primeiro país do 3º mundo a adotar a política
de distribuição gratuita de medicação antiretroviral.
Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, menor o risco de se desenvolver complicações
e de evolução para a Aids. O país também já
pesquisa uma vacina contra a doença e conseguiu obter este ano a quebra
de patentes de remédios durante conferência da OMC com 142 países.

Com isso, o Brasil ganha o direito de produzir remédios contra a Aids,
o que pode representar mais economia para o governo e uma maior distribuição
de medicamentos gratuitos.

Flávio Florido/Folha Imagem

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