A depressão é um distúrbio que afeta a capacidade de ação das pessoas mais do que condições como angina, artrite, asma e diabetes, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A depressão é um distúrbio que afeta a capacidade de ação das pessoas mais do que condições como angina, artrite, asma e diabetes, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
E as pessoas que sofrem de depressão e de uma doença crônica, como a diabete, são as mais afetadas, sugeriu o estudo, que incluiu mais de 245 mil pessoas.
Um tratamento mais eficaz para depressão melhoraria o estado de saúde geral das pessoas, concluíram os pesquisadores. Os especialistas pediram mais recursos para os serviços de saúde mental.
Somnath Chatterji e seus colegas fizeram várias perguntas a pessoas de mais de 60 países que participaram da Pesquisa Mundial de Saúde, que incluíram padrões de sono, sensibilidade à dor e se elas tinham alguma dificuldade de concentração ou de lembrar fatos.
Os participantes também foram indagados sobre como administram suas tarefas no dia a dia.
Depois de levar em conta fatores como pobreza e outros problemas de saúde, os pesquisadores descobriram que a depressão tem o impacto maior de piorar o estado de saúde de uma pessoa.
Urgência
Segundo Chatterji, o estado de depressão, associado à existência de uma ou mais outras doenças agrava a debilidade do paciente se comparado à depressão ou à outra doença isoladamente e se comparado a qualquer outra combinação de doenças crônicas sem a presença da depressão.
"Estes resultados indicam a urgência em lidar com a depressão como uma prioridade de saúde pública para reduzir o peso da doença e da deficiência, e para melhorar a saúde geral das populações", disse Chatterji.
A equipe pediu a médicos de todo o mundo que estejam mais alerta para o diagnóstico e tratamento da depressão, destacando que é muito fácil reconhecer e tratar do problema.
De acordo com o Atlas de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde, a maioria dos países da África e do Sudeste Asiático gasta menos de 1% de seu orçamento para a saúde nessa área.
No Brasil essa porcentagem é de 2,5%, de acordo com o documento, de 2005.
Fonte: UOL Ciência e Saúde