Uma neuralgia crônica do trigêmeo, caracterizada por dor paroxística excruciante de curta duração, rubor facial, olhos lacrimejantes e rinorréia. A condição pode afetar ou a segunda ou a terceira divisão do quinto nervo craniano, ou ambas. A primeira divisão raramente é afetada. Os intervalos entre os paroxismos variam de semanas até um ano. A cada ataque as crises tornam-se mais freqüentes e mais sérias. Muitos casos apresentam zonas dolorogenéticas ou de desencadeamento na face ou membranas mucosas, cuja estimulação deflagra os ataques. O tique doloroso é geralmente unilateral, mais comum em adultos acima dos 40 anos e mais freqüente entre mulheres. A causa é desconhecida, embora a doença possa ser associada à patologia dental ou dos seios nasais. Existe provavelmente algum fator hereditário. O tratamento é dirigido primeiro para remediar as possíveis causas locais. O uso de um antiepilético, a carbamazepina (Tegretol). Inalações de tricloretileno e injeções de álcool nos ramos periféricos do nervo podem ser benéficas, mas o tratamento de eleição é a neurectomia retrogasseriana da raiz sensória. Hyndman considera a exposição cerebelar superior à subtemporal, embora a primeira exija maior cuidado por causa do risco de dano no nervo facial. A seção parcial é adequada e não provoca a perda generalizada de sensação que se registra na seção total. O tique doloroso é também conhecido como neuralgia trifacial, prosopalgia, neuralgia de Fothergill e neuralgia paroxística, crônica do trigêmeo.