Em contraposição à formação de compromisso que ocorre nos desenvolvimentos normal e neurótico, S. Freud usou o termo distorção de compromisso para descrever um processo análogo numa psicose. Devido a um compromisso ou ajuste entre a resistência do ego e a força da idéia sob repressão, o retorno do reprimido é distorcido e converte-se numa delusão ou numa alucinação. "Uma circunstância muito peculiar na paranóia… é que as reprimendas recalcadas retornam como pensamentos formulados em voz alta. Devem, por isso, sofrer uma dupla distorção: em primeiro lugar, através de uma censura, que leva à sua substituição por outras idéias associadas ou a um disfarce por infinitas espécies de expressões; e, em segundo lugar, através de sua relação com experiências correntes que são meramente análogas às originais." (Freud)