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Trabalho, trânsito e violência – uma análise do trabalho com a carroça

A análise aqui apresentada é fruto de uma experiência de um trabalho em grupo com carroceiros, trabalhadores da informalidade. Esse artigo pretende iniciar um diálogo acerca da vivência cotidiana desses indivíduos, suas rotinas no trânsito e, principalmente, as relações estabelecidas com o trabalho e com a sociedade em que estão inseridos. Sociedade esta, permeada por um crescente processo de violência e exclusão social, política, cultural e econômica. A proposta de desenvolvimento deste relato é reforçada pela quebra de paradigmas que vem ocorrendo na psicologia, aproximando-a da sociedade em geral e de suas diversas classes sociais.  A metodologia de trabalho utilizada foi a pesquisa participante, a qual visa construir o processo junto com os participantes, através da plena participação destes na análise de sua própria realidade. Para tanto, realizou-se intervenções pontuais, apresentação de vídeos, entrevista e observação sistemática. Pretendeu-se com este contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos carroceiros, através de um trabalho em grupo com discussões sobre diversos assuntos contemporâneas e atuais.

Palavras-chave: carroceiros, trabalho informal, trânsito, violência e qualidade de vida;

 

ABSTRACT

The analysis presented here is the result of an experience of group work with teamsters, laborers informality. This article aims to initiate a dialogue about the daily life of these individuals, their routines in traffic and, especially, the relations established with the work and the society in which they live. Society is permeated by a process of increasing violence and social exclusion, political, cultural and economic. The proposed development of this report is reinforced by the shift in paradigm that has occurred in psychology, bringing it to wider society and its various social classes. The methodology used was participatory research, which aims to build the process along with the participants, through full participation in the analysis of their own reality. To this end, we carried out systematic dialogues, interventions, show videos, interviews and systematic observation. It was intended with this contribute to improving the quality of life of the carters, through a working group with systematic discussions on various contemporary issues and current.

Keywords: carters, informal labor, traffic, violence and quality of life

INTRODUÇÃO

Segundo Machado da Silva (1993), ocorreram diversas transformações nas três últimas décadas, sendo estas em relação aos determinantes sociais, políticos e econômicos que cercam a questão da informalidade nas relações econômicas. Houve novas redefinições do trabalho informal entre 1960 a 1980, as quais demonstram a complexidade das questões que cercam a discussão sobre o tema.

Ainda segundo Machado da Silva (1993), nos anos 60 os debates sobre a informalidade estavam circunscritos ao estudo das formas de aproveitamento do trabalho, o qual era marcado pela instabilidade, pelo baixo nível de produtividade e uma remuneração irrisória, obrigando os trabalhadores a uma grande jornada de trabalho para a satisfação de apenas partes de suas necessidades.

Já na década de 70, de acordo com Forbes (1989), as características que compõem o trabalho informal são redimensionadas pelo acelerado crescimento demográfico urbano nos países de terceiro mundo, demarcando o setor como formado pelos trabalhadores incapazes de serem integrados aos setores mais produtivos da economia capitalista, obrigados a atuar em atividades economicamente menos importantes e que compunham o denominado setor informal.

O setor chamado de setor informal ficou então demarcado pela atuação de trabalhadores que possuem uma combinação entre baixa renda, baixo nível produtivo e más condições de trabalho como suas principais marcas, e sendo assim, pouco mudou desde 1960 nas condições de trabalho informal.

Tendo em vista as constantes mudanças acarretadas pela globalização da economia, podemos perceber que o mundo exige cada vez mais dos trabalhadores, e no trabalho informal dos carroceiros não é diferente. Mesmo neste ramo de trabalho é possível observar a preocupação em apresentar um diferencial competitivo, visando, não só ampliar sua clientela, como lidar com os concorrentes.

Sabe-se que o trabalho com carroceiros ainda é embrionário no país, podendo este argumento ser confirmado pelo pequeno número de material publicado e pouco relato de trabalhos desta natureza. Portanto, pretende-se apresentar aqui, uma analise baseada na experiência de estágio em psicologia, na ênfase psicologia, gestão e trabalho, com um grupo de carroceiros na cidade de Cuiabá – Mato Grosso.[1]

Através da realização deste trabalho com um grupo de carroceiros foi possível levantar diversas preocupações dos mesmos em relação ao próprio trabalho e a outras questões relacionadas ao mesmo, como o trânsito, já que o trabalho com a carroça envolve este, a violência e a discriminação social em razão do próprio tipo de trabalho e da questão sócio econômica.

Com o trabalho realizado foi possível ampliar o horizonte do trabalho informal com os carroceiros, fornecendo-lhes instruções sobre o trânsito e também referentes a violência e a discriminação social. Através de um resgate da história de cada indivíduo e da valorização de cada um como ser humano, buscou-se um trabalho de valorização do indivíduo e do seu trabalho, para que cada um consiga se enxergar como sujeito de sua própria história, sinalizando ao indivíduo suas possibilidades de intervir no que está posto.


[1] Artigo realizado para conclusão do estágio do curso de Psicologia na Universidade de Cuiabá – UNIC.

 

METODOLOGIA

Este artigo teve como foco a pesquisa participante, que segundo Brandão (1985) é uma pesquisa com enfoque de investigação social onde se busca participação ativa da comunidade na análise de sua própria realidade, com objetivo de promover a participação social para o benefício dos participantes da investigação. Através da abordagem sócio-histórica buscou-se uma fundamentação teórica do trabalho desenvolvido, em uma perspectiva de atividade educativa e de investigação e ação social.

O trabalho foi realizado com um grupo de 10 carroceiros, todos homens, com faixa etária que variou entre 30 a 60 anos (apesar da maioria se encontrar entre 30 a 40 anos), alguns deles relatavam apresentar doenças em decorrência do trabalho como dores nas costas e câncer de pele.

Realizou-se diálogos sistematizados, intervenções pontuais, apresentação de vídeos, entrevistas e observação, procurando sempre, trabalhar temas ligados ao cotidiano dos sujeitos, como a violência e seu modo de atuação, assertividade, trabalho e qualidade de vida, benefícios e desvantagens do trabalho informal, saúde e segurança no trabalho, trânsito, ética e valores morais, meio ambiente e exclusão e injustiças sociais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

No mundo do trabalho, constantes são as mudanças nos processos de trabalho, nas exigências de novas habilidades, nos produtos e na clientela de modo geral. Estas mudanças estão ocorrendo cada vez mais rápidas e em todas as direções, e em conseqüência disto, as "necessidades", desejos, costumes e valores das pessoas também mudam, fazendo surgir novas perspectivas e criando novas necessidades de adaptação no mundo do trabalho.

Quando o indivíduo não atua de modo competitivo no novo cenário do trabalho, buscando novas informações, capacitações constantes nas novas tecnologias, aprender novas habilidades, pode correr o risco de perder o emprego (entendido aqui como uma forma de trabalho com vinculação contratual e garantias), entrando assim, para a fila do desemprego ou tendo que desempenhar diversas formas de trabalho, como o informal/autônomo e lidar com suas instabilidades.

Visto que, segundo LEONTIEV (1978), o homem se caracteriza pelo seu trabalho e só consegue atribuir satisfação ao mesmo quando são capazes de se reconhecerem em suas atividades produtivas, o trabalho com a carroça traz sofrimento ao carroceiro ao não conseguir manter-se constante com o mesmo tipo de trabalho, tendo que desempenhar diversas funções com a carroça (realizam transportes de pessoas, mudanças, entulhos, utilizam-na para carregar material para reciclagem e também fazem diversos ‘bicos' para complementar a renda).

Segundo BOCK (1995) a única aptidão inata do homem é a aptidão para a formação de outras aptidões, e sendo assim, temos um ser rico em possibilidades. Estas possibilidades, entretanto, poderão ser desenvolvidas ou não, dependendo da democratização do acesso à cultura (vista aqui como cultura dominante) e às experiências sociais.

A falta de acesso a esta cultura, atribui ao indivíduo um estado de imobilização e falta de perspectiva para lutar por melhores condições de trabalho, como pôde ser observado em relatos constantes, onde os mesmos veem o trabalho com a carroça como o único meio de trabalho possível para sobreviver, seja devido à baixa escolarização, por terem se mantido sempre na informalidade ou por muitos serem portadores de algumas doenças decorrentes do trabalho (como problemas de coluna, muito característico entre os mesmos, devido a lida pesada com o transporte de objetos e má postura na execução do trabalho e por algumas conseqüências da alta exposição ao sol).

As condições sociais dos carroceiros caracterizam-se como advindos de uma classe social baixa, com renda familiar de até dois salários mínimos mensais e possuem baixa ou nenhuma escolaridade (1º grau completo ou segundo grau incompleto). Em uma rápida análise da sociedade, podemos observar que esta classe social possui acesso restrito aos meios culturais e a aquisição da educação formal, sendo que uma educação de qualidade fica em sua maioria restrita às classes médias e altas, gerando desigualdades no acesso à cultura e, portanto, desigualdades nas capacidades e aptidões dos homens, o que não impede a sociedade de responsabilizar cada indivíduo pelo seu desenvolvimento e conquista de seu espaço.

Neste patamar, temos que ao longo dos anos há a apropriação da cultura, e sendo esta de violência, ocorre a cristalização de experiências violentas sofridas pelos sujeitos pertencentes as classes sociais mais baixas, chamadas vulgarmente de classe subalterna. Os carroceiros em questão, são de modo geral vindos do campo para a cidade, tem pouca ou nenhuma escolaridade, e enxergam na lida com o cavalo sua única forma de subsistência e trabalho. 

O homem, diferentemente dos outros animais, é capaz de transformar instrumentos em seu benefício, através do planejamento e execução de atividades, podendo repetí-las conforme haja necessidade (capacidade de abstração, de reter, armazenar e transferir informações). Conforme fala de BOCK (1995), é capaz de relacionar as informações que apreende no mundo exterior e conceituá-las, visto ser o homem um ser social que constitui sua identidade através de inter-relações e, assim, podemos dizer que o mesmo é o resultado de um processo de "conversão" do social no individual. 

Torna-se então pertinente a perspectiva da autora acima citada sobre o desenvolvimento de um trabalho voltado para a re-significação das relações e experiências vividas, criando condições para que os indivíduos, de posse de uma postura de indagação e estranhamento diante do familiar, desenvolva uma consciência de si e do mundo, organizando-se em uma construção de um projeto de vida, mediante ações e intenções baseadas em suas possibilidades e necessidades.

  DESENVOLVIMENTO

Segundo BOCK (1995), no processo de transformação dos indivíduos, os mesmos poderão encontrar barreiras, pois mesmo caminhando no processo de apropriação de sua realidade e com isso alterando aspectos de sua configuração subjetiva, o ser pode não conseguir imprimir uma nova forma de agir, mais coerente com as novas formas de configuração do mercado.

Para ajudar neste processo, podemos ter a contribuição de diversos profissionais com uma atuação em um contexto interdisciplinar, como forma de impulsionar os indivíduos na busca de mudanças. Um destes profissionais seria o psicólogo. Este processo de mudança, no entanto, constitui-se em um processo profundo, amplo e complexo, que requer tempo e empenho de todo o conjunto interdisciplinar. 

Para a realização do trabalho com os carroceiros, realizou-se uma parceria com a equipe de estagiários da faculdade de medicina veterinária, como forma de atender não só o cavalo, meio de trabalho, mas também, o trabalhador e suas nuances. 

A explanação do trabalho aqui exposto não pretendeu esgotar as temáticas trabalhadas com os carroceiros, e sim, mostrar de forma compactada alguns dos assuntos mais importantes levantados pelos mesmos – a violência no trabalho e no trânsito. Para tanto, nesse processo de interlocução com os carroceiros, buscou-se relatar o caminho percorrido pelos envolvidos nesse processo e a orientação dada no sentido de contribuição pessoal de cada indivíduo.

Assim, visando atingir o objetivo acima exposto, foi temática de discussão as diversas nuances e formas de violência, como a necessidade de sermos assertivos na ocasião de sua ocorrência, pois de outro modo estaremos nos distanciando de nosso objetivo, que seria a diminuição da violência.

A violência é considerada como o mal do século XX. É apontada por SANTOS & DIAS (2004), como fator endêmico e responsável por um significativo percentual de gastos com saúde pública. Ela apresenta suas diversas facetas, seja através de agressões físicas, verbais, discriminações ou mesmo o assédio moral ao trabalhador.

Segundo MINAYO E SOUZA (1999), não podemos nos referir a violência e, sim, violências, pois se trata de uma realidade plural e diferenciada, cujas especificidades precisam ser conhecidas. Assim, a interpretação da pluricausalidade da violência é um dos principais problemas que o tema apresenta, levando-se, conseqüentemente, à dificuldade de alcançar definições consensuais sobre ela.

De modo geral, atribui-se ao significado de violência o ato contrário ao direito e à justiça, impetuoso, tumultuoso e intenso, em que se faz uma coação ou uso da força e que causará constrangimento físico e/ou moral. Conforme CARNEIRO (2000), ela pode caracterizar-se em sua forma psicológica como agressão verbal, assédio moral, assédio sexual, discriminação racial e ameaças. Estas formas podem ser evidenciadas através do uso intencional de poder, incluindo ameaça de força física e comportamento para humilhar, Comportamentos de desqualificação ou desmoralização, praticados repetidamente e em excesso, através de ataques vingativos, cruéis e maliciosos que objetivam rebaixar um indivíduo ou grupo de trabalhadores, conduta ameaçadora baseada em raça, cor, idioma, que seja unilateral ou indesejável e que afete a dignidade de mulheres e homens no trabalho ou em outras relações, também constituem-se algumas formas de manifestação da violência.

Após alguns questionamentos sobre a violência, suas formas, causas e meios de propagação, assim como a responsabilidade de cada com seus atos, iniciou-se um processo de reflexão junto aos carroceiros acerca da temática da assertividade como modo de agir contra a violência. Esta reflexão foi incentivada pois, acredita-se que a sua prática seja fundamental para que os indivíduos possam atuar no sentido de garantir uma melhor qualidade das relações.

Sobre a assertividade, diz-nos ALBERTI & EMMONS (1978) que a mesma constitui-se na forma de expressão verbal e motora, socialmente adequada de qualquer emoção ou pensamento diferente da ansiedade. É uma forma de boa utilização da comunicação humana. A prática assertiva inclui a expressão de afetos e opiniões de modo direto, o que pode levar a conquista de um tratamento justo, igualitário e livre de demandas abusivas.

Nesta perspectiva, cada pessoa deve ser capaz de fazer sua opção sobre a maneira de agir numa determinada circunstância, podendo esta escolher entre responder assertivamente ou com uma resposta agressiva, não atingindo seus objetivos sem ferir os demais. Desta forma, a liberdade de escolha e o exercício do autocontrole se tornam possíveis com o desenvolvimento de respostas assertivas às situações que produziam anteriormente comportamento de polidez restringente ou agressivo.

Algumas questões relacionadas ao trânsito também fazem parte da preocupação diária destes indivíduos, questões estas que também envolvem a violência e as relações de poder, visto ser o carroceiro um Sic ‘ser inferior no trânsito'. Foram trabalhadas questões de segurança pública, uma vez que a violência para com o carroceiro (sofrer buzinas constantes, carros fecharem as carroças) pode colocar em risco tanto suas próprias vidas, dos animais, como de outras pessoas. Esta preocupação agrava-se em tempos de divulgação na mídia de acidentes com carroceiros, como no período de abril de 2007, em um bairro da cidade de Cuiabá.

Algumas medidas de prevenção de acidentes são utilizadas pelos carroceiros, sendo que quando indagados sobre os riscos do trânsito e como diminuí-los, acreditam que os carroceiros devem manter a atenção constante a todos os estímulos que podem provocar alteração do animal, como barulhos de buzinas. No entanto, apesar de apresentarem noção de cuidado no trânsito, todos os participantes relataram não conhecer as leis de trânsito, sendo este um tema importante, a ser trabalhado.

Como meio de diminui os acidentes foi sugerido pelos mesmos a realização de campanhas de conscientização dos motoristas quanto aos riscos do uso da buzina quando próximos as charretes. Em contra partida, foi sugerido aos mesmos que sinalizassem as charretes com informativos sobre a alteração do comportamento animal com buzinas (ex: Evite acidentes! Não buzine.).

Trabalhando numa perspectiva de melhorar a qualidade de vida dos carroceiros, visando à promoção da saúde, atentou-se para o fato daquela envolver a qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza e do meio ambiente. Ela dialoga com noções de motivação, satisfação, saúde e segurança no trabalho, assim como aspectos mais recentes sobre novas formas de organização do trabalho e novas tecnologias e possibilidades.

Sob as considerações acima, entende-se que a qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição e usufruto da riqueza social e tecnológica aos cidadãos. Pode ser compreendida também como a oportunidade de tornar o trabalho mais humano, no sentido de proporcionar ao trabalhador carroceiro, a possibilidade de realização no trabalho. Realização esta que, deveria ser parte do trabalho, uma vez que no mesmo se encontra a dimensão fundamental da vida. No entanto, o que se observa com mais freqüência é o fazer, em sua maioria, pesado e fadigoso, algo que deve ser tema de diálogos e de nossas preocupações, enquanto profissionais da área da saúde. Deste modo, utilizou-se vídeos de lições de economia, criatividade na utilização da renda, higiene e saúde, cuidados com o meio ambiente e segurança no trabalho.

Pensando na qualidade de vida do animal também foi realizado pelos estudantes de medicina veterinária orientações quanto aos cuidados com os animais. Questões como higiene do cavalo, alimentação saudável e segurança animal, mantendo-os sempre presos por cordas em quintais ou em pastos adequados, uma vez que a livre circulação de cavalos em via pública pode determinar graves acidentes de trânsito.

 

CONCLUSÃO

Percebeu-se com o desenvolvimento deste trabalho a necessidade de continuar a trabalhar com os carroceiros em uma perspectiva voltada para o empoderamento, o qual conforme LANE (2001) deve recuperar o individuo na interseção de sua história com a história de sua sociedade, para então, permitir que o mesmo compreenda-se como produtor de sua história, colocando-o como protagonista desta e não como sujeitado por suas mazelas sociais, possibilitando a cada um deles contribuir de forma efetiva em mudanças na sociedade e no próprio cotidiano.

Para tanto, é salutar que suas relações e experiências sejam re-significadas, possibilitando uma melhor compreensão de aspectos ideológicos que vigoram na sociedade e que aspectos de enfrentamento da realidade sejam enfatizados, uma vez que, os mesmos demonstraram uma postura de paralisação diante de procurar e enfrentar novas perspectivas.

Acredita-se que, mediante um trabalho de desenvolvimento de uma maior consciência de si e do mundo, possamos instigar os indivíduos a se organizarem num processo de construção de um projeto de vida, através de ações e intenções baseadas em suas possibilidades e necessidades, com planos de pequeno e longo prazo, criando-se o habito de fazer sonhos e caminhar para sua concretização. 

Desta maneira, um trabalho com a temática de projeto de vida e planejamento de carreira deve merecer destaque, uma vez que a necessidade de buscar um diferencial no desenvolvimento do trabalho foi algo relatado pelos carroceiros. Neste sentido, a orientação para a carreira, com temas relacionados a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes pode ser proveitoso para os mesmo.   

Bibliografia

ALBERTI, R. E. & EMMONS, M.L. Comportamento Assertivo – um guia de auto-expressão. Belo Horizonte: Interlivros, 1978.

BOCK, Ana Mercês Bahia (org). A escolha profissional em questão. São Paulo: Casa do psicólogo, 1995.

BRANDÃO, Carlos R. Repensando a Pesquisa Participante. São Paulo, Brasiliense,1985.

FURTADO, Odair; BOCK, Ana Maria Bahia. Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1987.

RANGÉ, Bernard. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. transtornos psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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