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Exercícios podem trazer benefícios a pacientes depressivos

Recente estudo desenvolvido por pesquisadores canadenses e americanos indica que exercícios como uma caminhada em um parque ou atividades semelhantes podem trazer benefícios psicológicos a indivíduos depressivos.
Segundo Marc Berman, autor da pesquisa, o estudo demonstrou que os pacientes depressivos participantes do estudo, após uma caminhada em meio à natureza, demonstraram aumento do desempenho da memória em relação aos participantes que se exercitaram em um centro urbano.
Os pesquisadores indicam que tal tipo de exercício não substitui o tratamento clínico, como a psicoterapia e o tratamento medicamentoso, mas sim complementar os tratamentos existentes para a depressão.

O estudo realizado se baseia em um campo cognitivo denominado Teoria de Restauração da Atenção, que indica que indivíduos se concentram melhor após visualizarem paisagens naturais, tendo suas capacidades cognitivas restauradas ou melhoradas após tal situação.

Partindo do princípio clínico que pacientes depressivos desenvolvem muitos pensamentos negativos e tem seu foco em seus próprios sintomas, os pesquisadores hipotetizaram que uma caminhada em um parque poderia trazer algum benefício cognitivo que encerraria o estado depressivo exagerado.

O estudo analisou 20 indivíduos diagnosticados com depressão clínica, que participaram de duas etapas da pesquisa onde deveriam caminhar silenciosamente em meio a um cenário natural e em um centro urbano; Antes das supracitadas situações, os participantes realizaram um teste onde seus estados cognitivos e de humor foram determinados, sendo perguntados também sobre seu próprio histórico de vida.

De acordo com a análise dos resultados, os pesquisadores demonstraram um aumento de 16% em relação a sua atenção e memória de trabalho, quando comparados aos resultados da caminhada urbana; Os pesquisadores também notaram que a interação com a natureza não necessariamente aliviou os estados depressivos dos participantes, assim como tais estados diminuíram e estados de bom humor aumentaram em iguais proporções e em ambas as situações de exercício. Os autores sugerem que tais mecanismos cerebrais diferentes podem fundamentar as alterações cognitivas e de humor relacionadas à natureza.

Fonte: Instituto de Pesquisas Baycrest Rotman

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