Uma série de notícias sobre Depressão, publicadas em agências de notícias internacionais foram traduzidas por Anna Maria Niccolai Costa.
Confira as últimas novidades!
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Resumo: De acordo com um estudo realizado pelo Dr. Daniel E. Ford da
Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, um terço das pessoas
com depressão que utilizam os grupos de apoio pela Internet não estavam
mais deprimidas no acompanhamento de um ano, comparadas com os usuários
menos frequentes.
Os grupos de apoio pela Internet ajudam pacientes deprimidos
Por Charnicia E. Huggins
NEW YORK (Reuters Health) ? Pessoas com depressão que utilizam os grupos de
apoio pela Internet tendem a ser mais gravemente deprimidas e socialmente
isoladas do que as que procuram menos ajuda na Web, mas também recebem mais
benefícios dos grupos de apoio, indicam os achados de um novo estudo.
“Apesar de serem necessários mais estudos, nosso estudo sugere que os
grupos de apoio para depressão pela Internet não são prejudiciais, e podem
ser úteis na recuperação,” disse o autor do estudo, o Dr. Daniel E. Ford
da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins em Baltimore,
Maryland ao Reuters Health.
“Os grupos de apoio para depressão pela Internet oferecem um fórum útil
para compartilhar informações e apoio emocional,” adicionou ele.
Os estudos de eficácia de vários grupos de apoio online produziram
resultados variados, mas poucos deles investigaram como os pacientes
percebem o valor desse apoio ou a relação entre a utilização dos grupos de
apoio online e os grupos de apoio face-a-face pelas pessoas deprimidas.
O presente estudo envolveu 103 pessoas que usaram os grupos de apoio para
depressão pela Internet. Aproximadamente 80% dos usuários do grupo de apoio
eram mulheres, a maioria (86%) estava deprimida na ocasião, e quase todos
tinham sido diagnosticados com depressão.
Mais da metade dos participantes do estudo relataram uso frequente dos
grupos de apoio online, acessando vários sites da Internet por cinco horas
ou mais durante um período de duas semanas, relatam Ford e seus
colaboradores na Revista Americana de Psiquiatria. E esses usuários
frequentes tiveram cinco vezes mais probabilidade de não preencherem os
critérios de depressão no acompanhamento feito um ano mais tarde, do que os
que usaram os grupos de apoio com menor frequência.
Em geral, um terço dos participantes do estudo não estavam mais deprimidos
no acompanhamento, indica o relatório.
Os participantes do estudo geralmente usaram os grupos online para apoio
emocional, mas muitos também relataram que receberam informações
relacionadas a medicamentos.
Além disso, o uso dos grupos de apoio online não aumentou o isolamento
social dos usuários, como os pesquisadores achavam que aconteceria. Na
realidade, não parece fazer nenhuma diferença no nível de apoio social
recebido pela pessoa, tal como se eles têm ou não alguém para ajudá-los se
ficarem confinados à cama ou alguém para levá-los ao médico quando
necessário.
Aproximadamente 40% dos usuários, contudo, disseram que preferiram os
grupos de apoio pela Internet do que a terapia face-a-face mais
tradicional, apesar de apenas um terço ter participado de tal terapia,
indicam os achados do estudo.
Além disso, e este é um achado considerado pelos pesquisadores como
“surpreendente”, a maioria dos pacientes disse que contou ao médico ou
outro assistente de saúde que usaram os grupos de apoio online ? uma
atitude que Ford disse ter sido “por vontade do paciente.”
“Isso poderia sugerir que os pacientes perguntam aos seus médicos sobre as
informações que recebem na Internet que causam algum tipo de preocupação
para eles,” adicionou ele.
Uma vez que quase todos os participantes do estudo estavam sendo tratados
para depressão, os pesquisadores não sabem se os grupos de apoio online
seriam úteis da mesma forma para os indivíduos que não estão sendo
acompanhados por um profissional de saúde.
Assim, uma vez que “a maneira de se recuperar da depressão é a participação
ativa, usando todos os seus recursos e tentando vários métodos para
aprender sobre a sua depressão, são importantes novas maneiras de lidar com
ela, ” disse Ford. “A Internet pode ajudar com isso.”
Mas, disse ele, “também é importante ter um profissional de saúde que
monitore seu progresso e dê orientações específicas para a sua situação em
particular.”
FONTE: American Journal of Psychiatry 2002;159;2062-2068.
Resumo: Pesquisadores da Universidade da Florida e da Universidade de
Oklahoma estudaram a correlação entre a idade, as condições de saúde
auto-relatadas e o risco de sintomas depressivos e observaram que as
mulheres têm maior risco de depressão quando mais jovens e os homens quando
mais velhos.
Homens mais velhos têm maior risco de depressão que as mulheres
Pelos repórteres da Health Newswire.
27 de Dezembro de 2002
Health Newswire Consumer
Os sintomas depressivos das mulheres aumentam constantemente com a idade,
mas a uma velocidade menor do que os sintomas nos homens, relatam
pesquisadores Norte Americanos.
Apesar de pesquisas anteriores mostrarem que as mulheres têm níveis mais
altos de sintomas depressivos do que os homens, há evidências conflitantes
sobre se o envelhecimento aumenta a prevalência dos sintomas depressivos.
Da mesma forma, as condições de saúde auto-relatadas mostraram ser um
indicador consistente do nível e risco de sintomas depressivos, mas pouco
se sabe sobre se os efeitos são os mesmos para homens e mulheres conforme
envelhecem.
Pesquisadores da Universidade da Florida e da Universidade de Oklahoma
estudaram a correlação entre a idade, as condições de saúde auto-relatadas
e o risco de sintomas depressivos em uma amostra de 2.567 homens e mulheres
mais velhos.
Os resultados mostraram que o risco de sintomas depressivos foi
significativamente maior para mulheres do que para homens no grupo de idade
mais jovem, e que o inverso é verdadeiro para o grupo de idade mais
avançada, no qual os homens ? particularmente os com saúde ruim ou
moderada ? mostraram piores resultados.
O grupo concluiu que deve ser mantida vigilância similar com homens e
mulheres para não negligenciar aqueles com queixas significativas.
Escrevendo para a “Revista da Saúde da Mulher”, eles acrescentaram, “O
exame e o feedback dos sintomas depressivos mostraram melhorar o
reconhecimento dos médicos e o tratamento da depressão entre as pessoas
idosas residindo na comunidade.”
Resumo: Bristol-Myers Squibb anunciou que vai parar de vender seu
antidepressivo, nefazodona (vendido como Serzone nos EUA) na Holanda no
início do próximo ano. A decisão é voluntária, porque a droga foi vinculada
à insuficiência hepática e/ou morte em 26 pessoas em todo o mundo.
Companhia retira antidepressivo do mercado Holandês
Última atulalização: 30-12-2002 13:08:11 -0400 (Reuters Health)
Por Andrew Conaway
AMSTERDAM (Reuters Health) ? A Bristol-Myers Squibb irá parar de vender
voluntariamente o antidepressivo nefazodona na Holanda no início do próximo
ano.
Em uma carta enviada no início deste mês ao Comitê Holandês de Avaliação de
Medicamentos [Dutch Medicines Evaluation Board] (CBG), a companhia disse
que irá parar de vender a droga após 1 de Abril de 2003 e irá trabalhar com
médicos e grupos profissionais para encontrar alternativas.
A nefazodona, comercializada como Dutonin na Holanda, foi vinculada à
insuficiência hepática e/ou morte em 26 pessoas em todo o mundo, de acordo
com o Dr. Pim van der Giesen, o porta-voz do CBG.
Ele acrescentou que foi relatado um caso de insuficiência hepática
associado com a droga, mas nenhuma morte, na Holanda desde que a droga foi
aprovada no país em 1994.
A droga é conhecida como Serzone nos EUA, onde sua bula possui uma “caixa
preta” de alerta informando os pacientes que raramente pode ocorrer dano
hepático mas talvez com risco de vida com o uso da droga.
A Holanda é o segundo país da UE onde a companhia retirou voluntariamente a
droga do mercado. A Bristol-Myers Squibb disse no começo deste ano que iria
retirar a medicação do mercado Sueco.
O porta-voz da companhia na Suécia, Earling Wikstrom, confirmou que a
companhia estava retirando a droga do mercado Holandês.
Wikstrom também acrescentou que a companhia planeja notificar as
autoridades na Dinamarca de que a droga poderia ser retirada do mercado
Dinamarquês também, apesar dele não ter dado mais detalhes sobre isso.
Resumo: Um estudo recente publicado na Revista Americana de Psiquiatria
mostra que a testosterona pode tratar eficientemente a depressão maior,
particularmente ? quem não respondeu a tratamento prévio. A testosterona
foi usada para tratar a depressão nos anos 40 e 50, mas os psiquiatras
abandonaram esse tratamento.
TESTOSTERONA TESTADA COMO DROGA PARA HUMOR
Ellen Barry, Globe Staff
1 de Janeiro de 2003
The Boston Globe
Na década de 1920, muito antes do aparecimento dos antidepressivos
modernos, os médicos tentaram tratar homens apáticos com um soro de
testículos animais moídos, que eles imaginavam que contivesse a essência da
virilidade masculina. Nos anos 40 e 50, quando essa essência foi descoberta
e sintetizada em laboratório, injeções de testosterona foram prescritas
para depressão.
Os psiquiatras abandonaram tal tratamento por novas idéias, primeiro o
tratamento com eletroconvulsoterapia e depois drogas antidepressivas como o
Prozac e Paxil.
Mas recentemente, um pequeno número de cientistas de pesquisa sugeriram que
aqueles médicos antigos poderiam estar certos, que uma dose de testosterona
pode tratar efetivamente a depressão maior, especialmente entre homens que
não responderam a outros tratamentos.
Um estudo publicado hoje na Revista Americana de Psiquiatria examinou um
grupo de homens que não responderam aos antidepressivos. Os pesquisadores
do Hospital McLean afiliado à Harvard em Belmont observaram que quase
metade dos homens tinha uma coisa em comum, níveis de testosterona
incomumente baixos.
Após 10 homens terem recebido um período de oito semanas de gel de
testosterona, eles reportaram humor significantemente melhor, menos
ansiedade, sono melhor e maior apetite em média do que nove indivíduos
tratados com gel de placebo, observou o estudo.
“O que isso sugere é que pode ser uma grande área inexplorada,” disse o Dr.
Harrison G. Pope Jr., que lidera o Biological Psychiatry Laboratory na
McLean e foi o autor chefe do estudo. “Os psiquiatras geralmente não chegam
ao problema (fazendo exame) dos níveis de testosterona em homens
deprimidos.”
A pesquisa é publicada em uma época difícil para os tratamentos baseados em
hormônios. No verão passado, as agências governamentais interromperam dois
grandes estudos clínicos envolvendo hormônios por causa dos riscos para a
saúde, um era um estudo de progesterona e estrógeno administrados a
mulheres pós-menopáusicas e o outro um estudo de testosterona administrada
a homens idosos. A progestina mostrou aumentar o risco de câncer de mama, e
altos níveis de testosterona estão associados com risco aumentado de câncer
de próstata, especialmente em homens mais velhos. Como resultado, não foram
realizados estudos a longo-prazo do tratamento com testosterona em homens
mais velhos com baixos níveis de hormônio.
Tais riscos não diminuíram a crescente popularidade do tratamento com
testosterona. Os médicos prescrevem o hormônio para perda muscular,
disfunção sexual e outros problemas, tanto para homens como para mulheres.
O aparecimento há dois anos atrás de um gel que permite que o hormônio seja
absorvido pela pele facilitou a prescrição e o uso da testosterona. Desde
então, evidências não comprovadas estão a favor das propriedades de
elevação do humor dos hormônios.
A resposta foi mais marcante nos homens HIV-positivos, que receberam
testosterona para síndrome do enfraquecimento. Eficaz para perda de apetite
e de massa muscular, a testosterona “também faz esses indivíduos se
sentirem melhor,” de acordo com estudos duplo-cegos que testaram os
sintomas de depressão, disse Pope, que também estudou o uso de esteróides
anabólicos em atletas.
Os psiquiatras ainda não estabeleceram a relação entre a testosterona e a
depressão, disse o Dr. Stuart N. Seidman, co-diretor da Brain-Behavior
Clinic na New York State Psychiatric Clinic, que publicou a pesquisa em
2002 sobre injeções de testosterona como tratamento para depressão.
O primeiro experimento de Seidman, publicado em 1999, envolveu cinco homens
com depressão resistente ao tratamento e baixa testosterona. Todos os cinco
relataram melhora após receberem injeções de testosterona; três de quatro
que pararam o tratamento com testosterona, tiveram recidiva. Em 2001, um
segundo estudo de homens que não estavam tomando antidepressivos teve
resultados mais equívocos: Apesar da metade dos indivíduos que estava
recebendo testosterona ter melhorado, metade também melhorou com placebo.
Estudos baseados em população mostraram que homens com níveis incomumente
baixos de testosterona têm muito mais probabilidade de relatar sintomas de
depressão. Em um levantamento realizado em 1999 de 4.000 indivíduos, o
sociólogo Alan Booth da Universidade Estadual da Pennsylvania observou que
os homens com níveis de testosterona no limite inferior da variação normal
tinham cinco vezes mais probabilidade de serem depressivos do que aqueles
com níveis na média. Também houve um vínculo entre níveis de testosterona
incomumente altos e depressão, apesar de que Booth disse que a correlação
poderia ser explicada devido a brigas conjugais, desemprego, e envolvimento
no sistema de justiça criminal serem mais comuns entre os homens com níveis
altos de testosterona.
“Eu confio muito no. . . vínculo” entre baixos níveis de testosterona e
depressão, disse Booth, que publicou vários artigos sobre testosterona e
comportamento social. “Isso nunca foi tratado ao mesmo tempo em um estudo.”
O novo estudo de Pope, como o de Seidman, é um dos vários estudos recentes
sobre o efeito da testosterona na depressão. Seus resultados, apesar de ter
sido em um pequeno grupo de amostra, sugeriram um bom e algumas vezes
excelente efeito terapêutico.
Um indivíduo, um trabalhador da construção civil com cerca de 50 anos,
estava tomando o antidepressivo Celexa para insônia crônica, mas após um
ano o efeito das pílulas desapareceu completamente. Quando Pope testou a
testosterona do indivíduo, observou que o homem tinha níveis matinais de
testosterona no limite mínimo da variação normal de 200 a 1000 nanogramas
por decilitro. Duas semanas depois ele começou a usar o gel, seus níveis de
testosterona aumentaram para 700 nanogramas por decilitro, na porção alta
da média, e seus problemas de insônia foram resolvidos.
Outro indivíduo, um representante de vendas de 45 anos de idade, disse que
doses de testosterona melhoraram sua memória e o tornaram muito mais
tranqüilo sob estresse. Apesar dele ter tomado o antidepressivo Effexor por
dois anos antes de iniciar o tratamento com testosterona, o tratamento com
testosterona foi mais rápido e mais eficaz, e ele está planejando deixar o
tratamento com Effexor, disse ele.
“Eu acho que posso lidar com as situações de uma forma muito melhor,” disse
o homem, que falou anonimamente. “Tenho mais clareza de idéias, estou mais
focado. Eu sei que isso é um efeito direto da testosterona.”
Pope disse que espera que estudos maiores confirmem sua hipótese: que,
apesar da testosterona não ser um tratamento antidepressivo eficaz para
todos, ela poderia ter um efeito surpreendente nos homens com baixos níveis
de testosterona cuja doença seja particularmente difícil de tratar.
Enquanto isso, a testosterona também está sendo explorada como um
tratamento para a depressão em mulheres cujo nível de testosterona é mais
baixo que a média. Este ano, um estudo Australiano em 45 mulheres observou
que metade reportou melhora após receber suplementos de testosterona.
Mas companhias farmacêuticas mostraram pouco interesse em custear estudos
em grande escala, disse Pope.
“A testosterona é uma droga antiga; deve ter cerca de meio século,” disse
Pope. “Isso explica o por quê que o ritmo da pesquisa não aumentou até
recentemente.”
Um psiquiatra que entrevistou a Dra. Carol A. Bernstein, professora
assistente de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de New
York, disse que ela estava preocupada em utilizar hormônios sem a
assistência de ginecologistas ou outros especialistas, por causa dos
efeitos adversos complexos.
Psiquiatras, diferente dos endocrinologistas ou urologistas, recebem pouco
treinamento durante a residência sobre o uso de hormônios, disse o Dr.
Martin Kafka, especialista em transtornos sexuais no Hospital McLean.
Anna Maria Niccolai Costa
Lead Neuroscience CRP
Eli Lilly do Brasil
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