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Problema psiquiátrico é confundido com epilepsia

A diferença entre uma crise epiléptica e uma crise psicogênica é simples: a primeira tem como base uma descarga elétrica descontrolada do sistema nervoso central, envolvendo um determinado grupo de neurônios.
Na segunda, não há nenhuma descarga elétrica e os especialistas ainda buscam saber qual é o fenômeno que afeta as funções motoras do paciente, sugerindo um problema neurológico.
A diferença entre uma crise epiléptica e uma crise psicogênica é simples: a primeira tem como base uma descarga elétrica descontrolada do sistema nervoso central, envolvendo um determinado grupo de neurônios.
Na segunda, não há nenhuma descarga elétrica e os especialistas ainda buscam saber qual é o fenômeno que afeta as funções motoras do paciente, sugerindo um problema neurológico.
“A gente ainda não sabe qual é o mecanismo de funcionamento dentro do cérebro. O que sabemos é que a maciça maioria dos pacientes que têm esse problema sofreu algum tipo de trauma ou de abuso físico ou sexual na infância”, explicou o neurologista André Palmini, diretor-científico do programa de cirurgia de epilepsia do hospital da PUC-RS.

A semelhança entre as duas crises é tão grande que o tempo médio entre a ocorrência da primeira crise psicogênica e o diagnóstico correto é de oito anos. Para confirmar o problema é necessário fazer um exame chamado vídeo-eeg, em que o paciente é monitorado com eletrodos e câmeras permanentemente até registrar o momento da crise.

“Se a crise for epiléptica, o exame mostra claramente que houve uma descarga elétrica. Caso contrário, não há nenhuma alteração do sistema nervoso central e o mecanismo de ação ainda é completamente desconhecido”, afirmou o psiquiatra Renato Luiz Marchetti, coordenador do grupo Projepsi (Projeto de Epilepsia e Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo.

No Brasil não há dados epidemiológicos da freqüência das crises psicogênicas, mas, segundo Marchetti, cerca de 30% dos pacientes que chegam aos centros especializados para fazer o diagnóstico correto não tinham epilepsia e portanto foram tratados equivocadamente. A epilepsia atinge cerca de 1% da população.

Segundo a psicanalista Mara Cristina Souza de Lucia, diretora da Divisão de Psicologia do Instituto Central do HC, vários fatores podem desencadear uma crise não epiléptica. “O estresse, por exemplo, é um causador. Mas é possível tratar com acompanhamento psicológico e psiquiátrico, sem medicamentos.”

fonte:[url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1112200520.htm]www1.folha.uol.com.br[/url]

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