"Chamo coletivos a todos aqueles conteúdos psíquicos que não são peculiares a um só indivíduo, mas a muitos simultaneamente, isto é, a uma sociedade, a um povo ou à humanidade em geral. Tais conteúdos são as 'idéias coletivas místicas' (représentations collectives) do homem primitivo descritas por Lévy-Bruhl; elas incluem também os conceitos gerais de Direito, Estado, religião, ciência etc., correntes entre os homens civilizados. A antítese de coletivo é individual." (Jung)
Jung refere-se a duas divisões do inconsciente, o pessoal e o coletivo. O primeiro "abrange todas as aquisições da existência pessoal logo, o esquecido, o reprimido, o subliminarmente percebido, pensado e sentido. Mas, além desse conteúdo inconsciente pessoal, existe um outro conteúdo que não se origina nas aquisições pessoais, mas na possibilidade herdada de funcionamento psíquico em geral, a saber, a estrutura cerebral herdada. Esse conteúdo é formado pelas associações mitológicas – aqueles motivos e aquelas imagens que podem brotar de novo em qualquer idade e clima, sem tradição histórica nem migração. Dou a esse conteúdo o nome de inconsciente coletivo." (ibid)