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Comportamento de birra. Como lidar?

Sabemos que os pais só querem o melhor para os filhos. Mas será que na intenção de fazer o bem, acertam sempre? Alguns podem acreditar que precisam impedir que a criança chore, se machuque, sofra e acabam por protegê-las demais e por vezes, criam pessoinhas que não sabem cair e se levantar ou até mesmo ouvir um “não”.
Por exemplo, crianças com comportamento de birra. Quem nunca viu uma criança fazendo uma birrinha? Gritando com os pais em um supermercado, jogando-se no chão porque quer o iogurte da outra marca e não aquele que a mãe está comprando. Algumas chegam a bater nos pais em frente a outras pessoas porque sua vontade não está sendo satisfeita naquele exato momento!

A criança chama a atenção de todos fazendo aquele escândalo que, convenhamos, não é agradável para ninguém. Nem para quem vê e nem para quem está com a criança, que trata de satisfazê-la logo para que a cena perturbadora se encerre o mais rápido possível.

Mas será que esta é a melhor solução?

Vamos pensar. Como será que começou tudo isso? Como será que aquele “anjinho” que existia em casa tornou-se essa criança birrenta com quem os pais têm medo de sair de casa para não passar por situações embaraçosas?

Pois é, essa criança provavelmente foi criada por satisfazerem as suas vontades o tempo todo. Por quase nunca ser contrariada. Por defenderem-na na escola, mesmo se tiver jogado uma pedra na cabeça da professora.

E a birra não é a única conseqüência que afeta a vida da criança que é tratada dessa maneira. É necessário saber ouvir “não” enquanto ainda é criança e o “não” é simplesmente porque não pode tomar um sorvete, brincar antes de fazer a lição ou comer a sobremesa antes da refeição. Assim, ela aprende a lidar com as frustrações para quando crescer, conseguir trabalhar essas situações de uma forma mais razoável.

Por exemplo, quando um amigo não quiser fazer a mesma coisa que ela, consiga conversar para que a questão seja resolvida de uma maneira boa para os dois; quando não puder sair em um final de semana porque os pais não podem emprestar o carro ou não conseguir uma vaga de um emprego desejado, não se frustre ou sofra demais e nem faça um escândalo como se ainda fosse aquela criancinha.

Limites e regras são essenciais para que os pequenos aprendam a ter disciplina e responsabilidade. A criança superprotegida, na maioria das vezes cresce sem saber se virar e pode tornar-se uma pessoa insegura e sem autonomia.

Às vezes, querendo fazer o bem, causamos um efeito contrário. Assim como é importante dar amor e carinho, também o é corrigir, orientar e educar. ISSO TAMBÉM É AMOR!

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