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Efeito de diferentes estímulos aversivos na ansiedade e na atividade exploratória de ratos testados no laboratório em Cruz Elevado

7ª Jornada de Análise do Comportamento – UFSCar. 2008

Costa, E.C.P.[1](IC); Lima, S.B.[1](O)
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[1]Curso de Psicologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade da Amazônia 

O presente trabalho consiste em avaliar o efeito de diferentes estímulos aversivos sobre a atividade de ratos Wistar testados no labirinto em cruz elevado, utilizado para investigar aspectos da ansiedade, correlacionando os índices que medem a atividade exploratória e os índices de ansiedade.  A análise de dados baseou-se nas medidas etológicas e clássicas do equipamento referido. Os animais foram divididos em grupo controle (n=8) e grupo tratamento (n=10), o qual teve seu  acesso restrito a água em 25ml/dia e de alimento em 14g/dia, durante 12 dias, onde foram expostos a 1) inclinação, num ângulo de 20º, formado pelo piso da gaiola em relação a estante do biotério; 2) agrupamento de seis animais por gaiola; e 3) isolamento por gaiola, por um período de 72h cada estímulo. No intervalo de cada 72h, os  animais eram expostos a uma sessão de choques incontroláveis, com duração de sete segundos e intensidade de 1mA. O grupo tratamento apresentou uma freqüência total  de entradas nos braços significativamente maior do que o grupo controle. Assim como, apresentou o tempo de permanência no centro do labirinto significativamente maior que o grupo controle. A freqüência de entradas no centro foi significativamente maior neste grupo, quando comparados com o grupo controle. O total de entradas e o tempo de permanência nos braços abertos tenderam a aumentar no grupo tratamento e mostraram índices estatísticos significativamente maiores que o grupo controle.A porcentagem de entradas nos braços abertos e a porcentagem de tempo gasto nesses mesmos braços foram maiores no grupo  de tratamento em comparação ao grupo controle. A freqüência de entradas nos braços fechados mostraram-se relativamente baixas no grupo tratamento e o tempo de permanência nos braços fechados foi significativamente menor neste grupo, quando comparados com o grupo controle. Com relação às medidas etológicas, o comportamento de mergulhar a cabeça pela borda do braço aberto mostrou-se significativamente maior. O comportamento de esticar-se teve freqüência significativamente maior no grupo tratamento. O comportamento de auto-limpeza teve notoriamente maior freqüência. A freqüência de excreção de bolos fecais foi extremamente reduzida em relação ao grupo controle. O tempo gasto e a freqüência levantando-se foi significativamente maior neste grupo quando comparado ao grupo controle. Desta forma, estes resultados etológicos são de grande relevância neste aparato quando relacionados aos dados obtidos pelas medidas convencionais do labirinto. Observa-se, assim, que estes resultados apontam para um aumento da atividade exploratória no grupo tratamento, o que podem denotar um efeito do tipo ansiolítico para este grupo.
 
UNESPA/ Belém – PA 

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