A facilidade característica da energia libidinal de se transferir de um objeto para outro. Freud define a libido como a energia total à disposição do instinto de amor, Eros. Essa pulsão instintiva é uma das duas fontes de toda a atividade humana e visa a satisfação de sua necessidade, que consiste em "estabelecer unidades cada vez maiores e assim as preservar – em suma, unir". O outro instinto, que visa igualmente a satisfação de sua necessidade, é o instinto de morte, cujo objetivo final é destruir, "reduzir as coisas vivas a um estado inorgânico". Basicamente, os dois instintos (ambos de origem somática) representam as exigências fisiológicas do organismo humano. "A interação dos dois instintos básicos um com o outro e um contra o outro dá origem a toda a diversidade dos fenômenos da vida." Por exemplo, a função biológica de comer destrói o objeto e une-se a ele pela incorporação.
Inicialmente, toda a libido é armazenada no ego e "serve para neutralizar os instintos destrutivos que estão presentes simultaneamente". Esse é o estado de narcisismo primário. Mais tarde, quando a criança começa a distinguir um mundo exterior, passa a investir os objetos do mundo exterior com energia libidinal, com energia do instinto de amor. Ela "começa a catexiar as idéias dos objetos com libido – a transformar a libido narcísica em libido objetal". A finalidade de unir é dirigida para os objetos. Além disso, durante toda a vida, a energia libidinal pode ser enviada para diferentes objetos e deles retirada com igual facilidade. Essa facilidade com que a energia libidinal pode ser transferida de um objeto para outro é denominada "mobilidade da libido". Freud estabeleceu o contraste entre a mobilidade da libido e a fixação da libido, quando a libido se prende a determinados objetos e essa vinculação persiste freqüentemente durante toda a vida. libido, plasticidade da
Aquela qualidade específica da libido que facilita a adaptabilidade dos instintos sexuais (ou os impulsos parciais da libido) para a descarga modificada de tensões através de vias indiretas de gratificação, em lugar de vias diretas.
O destino geral da energia instintiva que não pode ser descarregada ostensiva ou diretamente em satisfação do instinto foi descrito sob a designação geral de "vicissitudes do instinto", As quatro vicissitudes principais, ou mecanismos de gratificação, indireta e parcial dos instintos, são: (1) repressão, com a formação subseqüente de sintomas e sonhos; (2) sublimação; (3) transformação do alvo do instinto em seu oposto; (4) transformação da direção do alvo instintual para um objeto externo ao eu.