Observemos que, estando acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, esse veículo de comunicação, forma, ainda, multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada, envolvendo, assim, todo o corpo social (SILVA, 2004).Matos et al (sd) afirma que progressivamente a televisão tem alargado a sua influência sendo evidente que, em quase todas as partes do mundo, a televisão se tornou parte integrante da vida cotidiana de todos, coisa que nenhuma outra instituição cultural foi capaz de, no decorrer da sua evolução e generalização atuar dentro da família, durante muitas horas por todos os dias, a televisão tornou-se um membro permanente na vida familiar. Silva (2004) complementa essa idéia colocando que o acesso aos meios de comunicação (principalmente a TV) cresceu tanto e com tanta força que, pode-se dizer, divide largo espaço, na formação dos sujeitos, com a família e a escola. As mensagens, tão ideologicamente montadas pela mídia e veiculadas através da comunicação social, tomam o corpo social, configurando, assim, um processo de alienação, freqüentemente, encontramos pessoas que estão bem informadas sobre “a guerra no Iraque”, mas desconhecem fatos de relevância que ocorreram em seus bairros ou cidades. O fato distante parece ser mais interessante, é até mais “acessível” do que aquele que ocorre próximo
As roupas dão a ilusão de um poder mágico de supremacia e liberdade de expressão, com isso as utiliza como máscaras plásticas maleáveis capazes de modificar a imagem corporal.Bens simbólicos são consumidos principalmente através dos meios de comunicação de massa, tudo é fabricado em série e montado na base de algumas receitas de êxito rápido. Os processos psicológicos envolvidos são, em geral, os de apelo imediato inibindo a elaboração de pensamento crítico o ideal de ser e de viver, são os modelos inalcançáveis, distantes, que ganham destaque e importância, provocando um constante desenraizamento do sujeito (SILVA, 2004). A necessidade de uma constante atualização corpórea transforma o corpo em objeto de desejo. Ideal seria se nos contentássemos em apenas ser, sem o desejo de ter corpos imaginativos e ideais (BARROS et al, 2005).
Referências:
BARROS, et al. Imagem corporal da mulher: a busca de um corpo ideal. Revista Digital EFDeportes. Buenos Aires. Ano 10. Nº.87 Setembro 2005.
Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd87/mulher.htm Acesso em:20 mar. 2007
MATOS, Armanda; et al. Escala de Avaliação da Relação Pais-Filhos: Construção e Procedimentos de Validação. Trabalho realizado com o apoio do Centro de Psicopedagogia da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Sd
Disponível em: http://www.fedap.es/congreso_santiago/trabajos/c129/c129.htm acesso em: 20 mar. 2007
SILVA, Janaila. A influência dos meios de comunicação social na problemática da escolha profissional: o que isso suscita à Psicologia no campo da orientação vocacional/profissional?Psicologia: ciência e profissão. v.24 n.4 Brasília dez. 2004
Disponível em: http://scielo.bvs-psi.org.br/pdf/pcp/v24n4/v24n4a08.pdf acesso em:20 mar.2007