Um novo estudo realizado por pesquisadores da Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém afirma que situações de estresse durante a gravidez podem ter efeitos nocivos sobre os filhos.
Um novo estudo realizado por pesquisadores da Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém afirma que situações de estresse durante a gravidez podem ter efeitos nocivos sobre os filhos.
A pesquisa indica que o estresse na gravidez pode retardar o desenvolvimento das crianças e provocar problemas de aprendizagem e de atenção, ansiedade, sintomas depressivos e até mesmo autismo.
A partir de testes de laboratórios realizados com ratos, os pesquisadores compararam os comportamentos de filhotes de mães estressadas com os de mães que não foram submetidas a situações de estresse. Também foram comparados os resultados de diferentes situações de estresse e diferentes períodos da gestação.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Marta Weinstock-Rosin, quando as ratas grávidas eram submetidas a situações estressantes, como sons irritantes, seus filhotes tinham sua capacidade de memória e de aprendizado prejudicadas.
Esses filhotes também apresentaram dificuldade maior de lidar com situações adversas, como a falta de comida por exemplo, do que aqueles cujas mães não haviam passado por situações estressantes. Foram observados ainda sintomas de ansiedade e de comportamento depressivo nos filhotes de mães submetidas a estresse.
Segundo Weinstock-Rosin, todos esses sintomas verificados nos testes em laboratório podem ser observados em crianças cujas mães sofreram de estresse durante a gravidez.
Em pesquisas complementares, Weinstock-Rosin demonstrou os efeitos de níveis excessivos do hormônio cortisol, que é liberado pela glândula adrenal durante períodos de estresse e chega ao cérebro do feto durante estágios críticos de desenvolvimento. Em condições normais, esse hormônio tem uma função benéfica de fornecer energia instantânea.
De acordo com Weinstock-Rosin, porém, esse efeito benéfico só ocorre quando o hormônio é liberado em doses pequenas e por um curto período de tempo. Em situações de grande estresse, as altas doses desse hormônio que atingem o cérebro do feto podem causar mudanças funcionais e estruturais.
Segundo Weinstock-Rosin, níveis acima do normal de cortisol em humanos também podem estimular a liberação de outro hormônio da placenta que causa partos prematuros – outro fator que pode afetar o desenvolvimento.
A pesquisadora afirma que ainda são necessários mais estudos e testes para avaliar outros possíveis efeitos de níveis de hormônio acima do normal em crianças. No entanto, Weinstock-Rosin diz que o estudo demonstra que evitar o estresse é uma boa receita para uma gravidez saudável e para filhos saudáveis.
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